domingo, 8 de novembro de 2009

Próximos na tabela e na artilharia, Galo e Fla fazem final particular


Dois pontos separam Atlético-MG e Flamengo na tabela do Campeonato Brasileiro. Um gol coloca Diego Tardelli à frente de Adriano na artilharia. Neste domingo, o Mineirão preto e branco, com mais de 65 mil torcedores, busca aumentar a (pequena) superioridade sobre o Rubro-Negro. Entretanto, a cinco rodadas do fim, é a chance de o time carioca aproveitar-se da adversidade para, pela primeira vez no torneio, ficar à frente do adversário.
A distância de 434km entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro não arrefeceu a rivalidade entre as equipes. A rixa iniciou com força nos anos 80, por causa da decisão do Campeonato Brasileiro de 1980 e o confronto na semifinal da Taça Libertadores do ano seguinte. O Fla venceu ambos, e os mineiros reclamaram da arbitragem. Em 1987, em outra semifinal, desta vez de Brasileirão, os cariocas novamente eliminaram o rival, que estava invicto.

Durante a semana, o goleiro Bruno, revelado no Atlético-MG e destaque na Gávea, comparou a rivalidade entre os clubes à que ocorre com o Cruzeiro em Minas. Precavida, a diretoria do Flamengo enviou uma carta ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves, pedindo atenção especial a possíveis atos violentos.

Dentro de campo, porém, a expectativa está no confronto entre Diego Tardelli e Adriano. Os dois monopolizam a disputa da artilharia a algumas rodadas e, por enquanto, o atleticano está à frente, com 18 gols. Durante todo o ano de 2008, Tardelli jogou 36 vezes pelo Flamengo e marcou só seis vezes.

- Duelo forte. Somos dois jogadores que estão ajudando suas equipes e sabemos da nossa importância para elas. É um jogo importante, e esta disputa (artilharia) está sendo sadia. Ele é um grande amigo. Mas nesse duelo vai se dar bem a equipe que estiver melhor - disse Adriano.

Por causa da eficiência do camisa 10, o Flamengo está longe de lamentar a saída do atacante para o Atlético-MG. O Imperador fez 17 gols e divide com Petkovic a responsabilidade de decidir as partidas.

Na tabela de classificação, o Atlético-MG ocupa a terceira posição, com 56 pontos. O Fla está em quarto, com 54. Quem vencer mantém a perseguição a São Paulo (59 pontos e um jogo a mais) e Palmeiras (58). No primeiro turno, vitória dos cariocas por 3 a 1, no Maracanã, gols de Kleberson, Everton e Léo Moura. Eder Luis descontou.

Mineirão lotado

Com a carga máxima de ingressos (64.800) esgotada desde terça-feira, recorde de público do Atlético como mandante neste Brasileirão, o confronto com o Flamengo é considerado o jogo do ano pelos jogadores do Galo.

- É uma partida fundamental. Se tivermos a sorte de ganhar, podemos já pensar em título e Libertadores. Jogando bem ou mal, temos de ganhar - resume o goleiro uruguaio Carini.

Quem também vê o jogo como decisivo é o técnico Celso Roth, que não divulgou a escalação da equipe, como de praxe.

- Vocês (da imprensa) estão tratando o confronto como especial. E, de fato, é o jogo que mais chama a atenção na rodada. Espero que o Atlético faça um jogo equilibrado e encaminhe um bom resultado, pois temos possibilidades boas de chegar ao título.

O mistério quanto à formação do time alvinegro está na cabeça de área. A tendência é de que Jonílson - que cumpriu suspensão na rodada passada contra o Goiás - volte à equipe e trabalhe na contenção ao lado de Renan. Nessa disputa por vaga, Márcio Araújo e Serginho correm por fora.

- Numa reta final, é importante ter todos os jogadores à disposição, ter muitos jogadores de qualidade e poder armar o time conforme o adversário. É o que a gente vem fazendo - afirmou Celso Roth, mantendo o mistério.

Fla repete o time

O Flamengo enfrentou o calor sufocante do Rio de Janeiro durante a semana para preparar-se para o duelo. A equipe realizou treinamentos fechados no CT Ninho do Urubu, mas não há dúvida na escalação. Tirando os desfalques rotineiros de Kleberson e Everton, que só retornam em 2010, todo o restante do grupo está à disposição. Desta forma, Andrade repetirá a escalação da equipe que venceu o Santos por 1 a 0 na última rodada.

A surpresa pode ser a alteração do esquema. Em vez do 4-4-2 dos últimos jogos, o técnico recuou Aírton em determinadas partes do coletivo para a zaga. A mudança visa a dar mais liberdade para Léo Moura e, sobretudo, Juan, que teve atuações ruins desde que retornou aos campos após uma cirurgia no joelho direito.

- É primordial saber administrar a pressão. Existe uma ansiedade muito grande e se souber administrar isso leva uma grande vantagem - declarou Andrade.

Bruno já pegou 12 pênaltis pelo Flamengo

Na natureza dos pênaltis, pode-se dizer que o cobrador leva grande vantagem na disputa com o goleiro. De um tempo pra cá, ela passou a ser ainda maior por conta das paradinhas. Mas quando quem vai cobrar se depara com Bruno, toda essa diferença é reduzida.



Os números do goleiro rubro-negro são de deixar qualquer batedor um pouco mais tenso ou preocupado na hora do duelo. Para se ter uma noção, nenhum rival conseguiu fazer valer a sua vantagem nas últimas quatro vezes em que o Flamengo cometeu um pênalti. Bruno defendeu três cobranças e Vágner Love mandou a bola para fora no jogo contra o Palmeiras, no último dia 17, pelo Brasileirão.

Há quatro temporadas na Gávea, o goleiro já defendeu 12 penalidades
. Seis delas foram no decorrer dos jogos, como as duas contra o Santos, perdidas por Paulo Henrique, no último dia 31. A outra metade foi em disputas de jogos decisivos, como nas finais do Carioca de 2007 e 2009, em que o Flamengo sagrou-se campeão sobre o Botafogo.



As explicações para esse aproveitamento estão na ponta da língua do camisa 1 rubro-negro: as importantes dicas do preparador de goleiros Roberto Barbosa, muito trabalho e um físico que colabora.

- Roberto sempre conversou comigo, ele me cobra e dá dicas muito importantes. Ele está sempre ao meu lado. Também tenho um biotipo que ajuda. Mesmo tendo altura, eu sou um goleiro rapidinho. É legal ter esse reconhecimento, pois é o resultado do nosso trabalho – conta o goleiro, que tem 1,90m.

Curiosamente, a sua estreia pelo Flamengo foi marcada por cobranças de pênaltis. Em jogo contra o Internacional, pelo Brasileiro de 2006, o time foi derrotado por 2 a 1, sendo que os dois gols sofridos foram dessa maneira.



- Lembro bem desse jogo. Foram dois gols do Fernandão. Mas no segundo pênalti eu quase cheguei na bola – relembra Bruno.



De lá pra cá, a história mudou. Quando a sua competência não ajudou, a sorte esteve presente. Os cobradores mandaram a bola pra fora quatro vezes contra ele, desde que chegou à Gávea. Depois de viver a fase do goleiro artilheiro (foram três gols pelo Flamengo), agora ele curte a fama de bom pegador de pênaltis, como os goleiros que lhe serviram de inspiração.



- É bom passar a ser reconhecido por essa característica. Goleiros excelentes também foram reconhecidos assim. Taffarel pegou muito pênalti importante, inclusive em jogos decisivos de Copa do Mundo. O próprio Dida também tinha essa qualidade. Eles são bons exemplos e me orgulho de começar a fazer parte desse grupo – disse Bruno.

domingo, 1 de novembro de 2009

Bruno defende dois pênaltis, Adriano marca, e Flamengo vence o Santos


Por duas vezes, Paulo Henrique Ganso teve a chance, em cobranças de pênalti, de estragar a festa dos 80 mil rubro-negros presentes ao Maracanã. Em ambas, porém, encontrou uma muralha no caminho: Bruno. O goleiro virou herói da sofrida vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Santos, na noite deste sábado.

O gol que garantiu o triunfo foi marcado por Adriano, no início do primeiro tempo. O resultado deixa o time carioca no G-4, pelo menos até o início da rodada de domingo. O Fla dorme na terceira colocação, com 54 pontos. Com quase nada a perder ou ganhar no campeonato, o Santos está em 13º lugar, com 43 pontos.

Cabeçada imperial

Um mosaico reproduzindo o segundo uniforme do time iniciou a noite nas arquibancadas. Excessivamente recuado, o Santos chamou os mandantes para o jogo e tomou um castigo instantâneo. Os parceiros de quarto, Léo Moura e Adriano, colocaram em prática as jogadas ensaiadas nos treinos. O lateral cruzou, e o Imperador cabeceou colocado, no canto esquerdo de Felipe, aos seis minutos, para abrir o placar.

Em uma das raras tentativas dos paulistas no início do jogo, Aírton puxou Adaílton na área. O árbitro pernambucano Nielson Dias assinalou pênalti, aos 20. Paulo Henrique Ganso cobrou no canto esquerdo. Bruno saltou e defendeu sem dar rebote. A torcida foi ao delírio.

A correria de Zé Roberto e Willians contrastava com o desinteresse de alguns jogadores santistas. Dúvida até a véspera da partida, Petkovic teve atuação discreta no primeiro tempo. No melhor lance, cobrou falta lateral e Felipe espalmou.

Bruno, de novo, vira mago nos pênaltis

No segundo tempo, Vanderlei Luxemburgo trocou duas peças. Saíram Triguinho e Rodrigo Mancha e entraram Léo e Felipe Azevedo, respectivamente. O time melhorou e jogou o tédio para escanteio. Felipe Azevedo chutou de fora da área e assustou Bruno. Depois, Jean driblou dois rubro-negros e quase empatou, aos dez. A bola passou rente à trave direita.

Em um hiato entre os lances de perigo dos paulistas, Adriano arrancou quase do meio-campo, entrou na área, mas bateu em cima de Felipe, que salvou com a perna esquerda. Em outra oportunidade semelhante, aos 17, o camisa 10 rubro-negro recebeu lindo passe de Aírton, avançou e chutou muito forte na trave direita de Felipe.

O segundo gol de Adriano insistiu em não sair. Aos 19, a bola sobrou para ele dentro da pequena área, mas o goleiro salvou de novo ao se esticar e chutar a bola pela linha de fundo.

Quando a partida parecia controlada, o árbitro pernambucano deu outro pênalti. Dessa vez de Álvaro em André (as imagens da TV não mostram se houve a falta ou não). Novamente Paulo Henrique Ganso assumiu a responsabilidade. Ele cobrou no meio, e Bruno esticou os pés para salvar. Mesmo eufórica pela nova defesa, a torcida virou-se contra o árbitro.
Esse foi o quarto pênalti consecutivo contra o Flamengo desperdiçado. Os outros foram na partida contra o Palmeiras (Vagner Love chutou para fora) e no clássico contra o Botafogo (Bruno espalmou a finalização de Lucio Flavio).

Madson, aos 38, fez ótima jogada pela ponta esquerda e cruzou para a área. Com o gol aberto, André se esticou, mas não alcançou. No fim, apesar da vitória, a torcida, em vez de comemorar, preferiu ofender o árbitro Nielson Dias.

Na próxima rodada, o Flamengo visita o Atlético-MG, domingo, no Mineirão. Um dia antes o Santos recebe o Náutico, na Vila Belmiro.

Melhores momentos: Flamengo 1 x 0 Santos pela 33ª rodada do Brasileirão 2009

sábado, 31 de outubro de 2009

Flamengo pega o Santos, outro 'desinteressado' com sede de vitória


Depois de perder uma invencibilidade de dez jogos e cair para a sexta colocação, o Flamengo tenta se recuperar às 18h30m deste sábado, no Maracanã, diante de um Santos que promete fazer de tudo para ser mais um 'desinteressado' a complicar a vida rubro-negra. A equipe do técnico Vanderlei Luxemburgo ambiciona apenas a vaga na Sul-Americana do ano que vem. Para isso, precisa voltar a mostrar força na competição. O time não vence há quatro partidas no Brasileiro.

Rubro-negros tentam esquecer tropeço

Nenhum outro resultado interessa ao Flamengo que no seja a vitória. Após a derrota para o Barueri, na última quarta-feira, o time de Andrade se distanciou do título e até do G-4. Para alcançar pela primeira vez um lugar entre os quatro primeiros colocados, o time precisa vencer e torcer por uma combinação de resultados em que Cruzeiro, Internacional e Atlético-MG não podem vencer.

Mas o Flamengo tem um reforço importante para continuar sonhando. Petkovic está de volta após cumprir suspensão na última partida. O sérvio recuperou-se das dores na coxa direita e foi confirmado pelo treinador contra o Santos. Um alívio e tanto para o Flamengo, que teve aproveitamento de 70,5% dos pontos disputados com o veterano em campo neste Brasileiro. Sem ele, o número cai para 33%.

- Um jogador com a experiência do Pet sabe correr no momento certo e dosar as energias. Ele dá dinâmica à equipe no momento que deve. Mas ele não tem de fazer tudo, pois a responsabilidade é de todos. Não podemos jogar tudo sobre ele - disse Andrade, que pode contar com quase todo o elenco.

Apenas o volante Kleberson, o zagueiro David e o apoiador Everton não estão à disposição do treinador. Mas os três dificilmente voltam a jogar pelo Flamengo este ano. Ou seja, o time joga com sua força máxima. E ainda será empurrado por sua torcida. Até sexta-feira à noite, foram vendidos quase 54 mil ingressos.


Santos tem problemas na escalação

Se o Flamengo está completo, o Santos entra em campo desfalcado. Um de seus principais jogadores, o atacante Kléber Pereira, será uma das baixas, suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo no empate em 1 a 1 com o Atlético-PR, na quarta.

Em seu lugar, Vanderlei Luxemburgo deve optar pelo garoto André, que entrou bem no clássico contra o São Paulo, vencido pelo Tricolor, no último domingo, por 4 a 3. A diferença fica por conta da experiência. Enquanto o camisa 9 já vestiu a camisa santista 137 vezes, o seu substituto jogou 130 partidas a menos. Ao lado de André, Jean, ex-Flamengo, forma a dupla de ataque.


Outro que não pode ajudar o Peixe na partida será o meia Róbson, também suspenso. No entanto, Luxemburgo terá o resto do elenco completo para a partida. Atento ao atacante Adriano, o zagueiro Adaílton não quer saber de ver seu time ficar apenas na defensiva.

- É uma tarefa dura parar o Flamengo. O Adriano é um grande jogador e cria motivação em quem vai marcá-lo. Não podemos ter medo de fazer gol. Nas últimas rodadas temos crescido, encaixado melhor o jogo, e dessa vez não pode ser diferente.

O lateral-direito George Lucas e o zagueiro Fabão continuam afastados do grupo, no departamento médico.

Adriano tira lições de derrota: 'Foi bom para colocarmos os pezinhos no chão'


Dez jogos de invencibilidade, time sensação e candidato ao título. O Flamengo sucumbiu aos elogios, na opinião de Adriano. Na véspera da partida contra o Santos, no Maracanã, o Imperador voltou no tempo e tirou lições da derrota por 2 a 0 para o Barueri, na rodada de quarta-feira.

O revés impediu a entrada da equipe no G-4, mas teve um lado bom para os jogadores.

- Quando se vem de uma sequência de jogos sem perder é normal dar uma relaxadinha. A maioria dos jogadores poderia fazer muito mais (contra o Barueri). Não gostei de ter perdido, mas por outro lado foi bom.. Foi bom para colocarmos os pezinhos no chão. Temos que seguir sempre com seriedade, pois deixamos cair a concentração e perdemos o jogo - disse.

O Rubro-Negro está na sexta colocação, com 51 pontos. Se vencer o time paulista, fecha o sábado em terceiro lugar e depois terá de torcer contra Atlético-MG, Cruzeiro e Internacional. Novamente, o Maracanã lotado é uma força a mais para, pela primeira vez no Brasileiro, o Flamengo chegar ao G-4.

- A partida será difícil. O Vanderlei (Luxemburgo) é mestre em esquemas táticos. Temos que aproveitar que estamos em casa para conseguir dar a volta por cima. Precisamos tirar essa mágoa provocada pela derrota. É hora de aprender a levantar - filosfou o Imperador.

Maldonado e Fierro são convocados para seleção chilena e devem desfalcar o Fla


O Flamengo bem que tentou evitar, mas deve ter dois importantes desfalques na partida do dia 15 contra o Náutico, no Recife, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter tentado impedir a convocação de Maldonado e Fierro, o técnico argentino da seleção chilena, Marcelo Bielsa, chamou os dois jogadores para os amistosos dos dias 14 e 17, contra Alemanha e Eslováquia, respectivamente, informa o site do jornal "El Mercurio".



Os jogos na Europa serão os primeiros do Chile na preparação para a Copa do Mundo de 2010. Antes, no dia 4, os chilenos farão um jogo em casa contra o Paraguai, em Talcahuano, mas só com jogadores que atuam no país. Maldonado não era convocado para a seleção de seu país desde 2008.
O vice-presidente de futebol rubro-negro, Marcos Braz, chegou a conversar com os jogadores para explicar as razões do clube para não liberá-los, no início desta semana.

Reunião sela a paz entre as torcidas do Flamengo para o jogo de sábado

Fora de campo, o Flamengo conseguiu a primeira vitória para o jogo de sábado, contra o Santos. As duas principais torcidas organizadas do clube realizaram uma reunião quinta-feira para “aparar arestas” e formalizar a paz.

No clássico contra o Botafogo, no Engenhão, houve desentendimentos e brigas entre os torcedores. A cena se repetiu na Arena Barueri, em São Paulo

Existia a expectativa de que uma das duas organizadas fosse posicionada ao lado direito das cabines de televisão para evitar novos confrontos.

Nesta sexta-feira está marcado um encontro entre os líderes das torcidas e o comandante do policiamento para oficializar a trégua e garantir tranquilidade aos rubro-negros que forem ao jogo contra o Santos.

Em sexto lugar no Campeonato Brasileiro, com 51 pontos, o Flamengo recebe o Santos às 18h30m (de Brasília).

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Para pisar pela primeira vez no G-4, Fla visita um renovado Barueri


O Flamengo sonha disfarçadamente e moderadamente com o título brasileiro. Só que nesta quarta-feira estará mais do que satisfeito se dormir abraçado ao G-4. A sensação seria inédita nesta edição do Campeonato Brasileiro. Para conhecê-la, no entanto, o time precisa superar o Barueri, adversário que começou o campeonato ameaçando brigar pela Libertadores, mas que agora se contenta em tentar se manter na zona de classificação para a Copa Sul-Americana. O duelo será na Arena Barueri, às 21h50m (de Brasília).


O GLOBOESPORTE.COM acompanha o jogo, pela 32ª rodada, em Tempo Real, com vídeos. A TV Globo transmite para o Rio de Janeiro, e o Premiere Futebol Clube exibe em sistema pay-per-view para todo o Brasil.

Quando se encontraram no primeiro turno, a situação era diferente. Estreante na Série A, o time paulista estava em alta, enquanto o Flamengo vivia às voltas com uma crise interna com o treinador Cuca e não engrenava no torneio.

O empate por 1 a 1 – gols de Val Baiano e Emerson – causou a troca de técnico na Gávea e uma mudança brutal na filosofia. Em sintonia com Andrade, o time cresceu e sustenta uma invencibilidade de dez jogos. Atualmente, está na quinta colocação, com 51 pontos – três a menos que o líder Palmeiras.

A certeza de que uma vitória fora de casa – a quarta consecutiva – garante a entrada no G-4 está a alguns quilômetros da Arena. São Paulo e Inter, quarto e terceiro colocados, respectivamente, se enfrentam no Morumbi e quem perder será ultrapassado. Se houve empate, ambos ficam para trás. Isso, claro, se o Flamengo conseguir os três pontos.

- Se eu falar que não penso em liderança é mentira. Mas o momento pede cautela. Temos que somar pontos para chegar ao G-4. Quando isso estiver assegurado, vamos buscar titulo. Mas vivendo o dia a dia – disse o zagueiro Álvaro.

O técnico Andrade terá um desfalque importante: Petkovic, suspenso. Erick Flores e Fierro disputam a posição no meio-campo. Em contrapartida, Willians, Ronaldo Angelim e Álvaro voltam à equipe. Artilheiro do Brasileiro ao lado de Diego Tardelli, com 16 gols, Adriano está confirmado.

Técnico novo

Com 41 pontos, o Barueri tem apenas 1% de risco de rebaixamento, segundo o matemático Tristão Garcia. O objetivo é disputar a Copa Sul-Americana do ano que vem. Seria sua primeira participação em uma competição internacional. A principal novidade da equipe para a partida contra o Flamengo não estará em campo. Mas à beira do gramado.

Já pensando em 2010, a diretoria do clube decidiu reconduzir Diego Cerri para o posto de coordenador técnico. E o cargo de treinador será ocupado por Luis Carlos Goiano, auxiliar de Cerri. Que desafia logo de cara a boa fase do Flamengo.

- O Flamengo é um time muito bem organizado em campo. A equipe está jogando com confiança e praticando um futebol alegre. O resultado disso são os dez jogos sem derrota, o que prova a qualidade do time. Por outro lado, tenho total confiança no Barueri. Temos feito bons jogos e se impusermos nosso estilo solidário de jogo temos tudo para sair com um resultado positivo - disse o treinador.

Goiano não anunciou oficialmente a equipe para a sua estreia no comando do Barueri. Mas o treinador dificilmente poderá contar com Fernandinho. Um dos destaques da equipe no Nacional, o meia-atacante sentiu um problema muscular na coxa direita. O veterano Basílio, 37 anos, deverá ocupar a vaga.

Na zaga, Andre Luis está suspenso, após ter sido expulso na partida contra o Náutico, no último sábado. Paulão, vice-campeão da Série C com o ASA, disputa sua primeira partida pelo time paulista, formando o trio defensivo com Daniel Marques e Leandro Castan. Na ala-direita, Marcos Pimentel retorna no lugar de Eder.

Sem Pet, capitão do Flamengo sente efeitos colaterais: ‘Até dói o coração’


Depois de conviver - e sobreviver - a dois jogos sem Adriano, chegou a vez de o Flamengo testar a força do grupo com a ausência de Petkovic. O sérvio está suspenso e não enfrenta o Barueri, nesta quarta-feira, fora de casa. O desfalque provocou "efeitos colaterais" no goleiro Bruno.

O capitão já avisou: o substituto terá de se desdobrar para cumprir a função de Pet:

- O coração dói (risos). É um desfalque muito importante. Quem entrar no lugar dele terá uma obrigação de fazer o que ele vinha fazendo. Ele está se superando, se entregando totalmente. Ele não está velho, está experiente. Um cara fora do normal, jogando muito,

Os números do Flamengo com o camisa 43 são impressionantes. Em 11 jogos em que ele foi titular no Brasileiro, o clube venceu oito vezes e empatou três: aproveitamento de 81%. Nas partidas em que não teve Pet desde o início, o Rubro-Negro conquistou pouco mais de 40% dos pontos. Uma diferença e tanto.

- Temos que aprender a jogar sem ele. O Andrade deve achar alguém para substituir Pet, que está em ótimo momento – analisou o zagueiro Ronaldo Angelim.

Andrade tem algumas possibilidades para suprir a ausência do cérebro do Flamengo. A primeira delas é recuar Zé Roberto e colocar Gil ou Denis Marques no ataque. Outra seria escalar Willians, que cumpriu suspensão na última rodada, e manter Fierro entre os titulares.

A partida contra o Barueri começa às 21h50m (de Brasília).

Recuperado da lesão no joelho direito que o tirou dos últimos jogos, Álvaro está confirmado contra o Barueri, nesta quarta-feira, em São Paulo. Sem dor no local e com frases de efeito, o zagueiro disse que o Flamengo precisar manter a postura que tem demonstrado para garantir uma vaga no G-4.

Para ele, mais importante do que falar em conquistar determinados objetivos é fazer tudo o que estiver ao alcance para realiza-los.

- As palavras se perdem no ar. O que vale é a atitude. E estamos apresentando muita coisa com atitude. O Flamengo cresceu com sentimento e entrega. Mesmo quem não é relacionado continua se empenhando. E cada um tem chamado para si a responsabilidade – disse Álvaro.

Ele garantiu estar recuperado da lesão no joelho direito. Mas assumiu que perdeu um pouco da confiança.


- Não sinto mais nenhuma dor. Só aquele receio de meter o pé na bola. É coisa da nossa cabeça mesmo. Foi uma lesão complicada e que limita os movimentos, mas a recuperação foi boa. Agora é voltar – disse Álvaro.

Com a sua recuperação, Andrade poderá escalar a dupla de zaga titular contra o Barueri. Ronaldo Angelim, que cumpriu suspensão por ter recebido o terceiro cartão amarelo, foi confirmado no time.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ingressos para Barueri x Flamengo estão à venda no Rio de Janeiro

O Barueri resolveu disponibilizar pontos de venda de ingressos no Rio de Janeiro para o jogo entre Barueri e Flamengo, que acontecerá nesta quarta-feira, 21h50m, na Arena Barueri, em São Paulo. As vendas antecipadas no Rio de Janeiro tiveram início nesta segunda-feira (26/10), das 9h às 17h. Uma carga de aproximadamente 10 mil ingressos foi colocada à venda para os torcedores rubro-negros.

Confira os preços dos ingressos para a torcida do Flamengo:

- Setor A1 Arquibancada INFERIOR = R$ 30,00



- Setor B Arquibancada GOL = R$ 30,00

Obs: só foram disponibilizados ingressos inteiros para venda nos pontos do Rio de Janeiro. Não haverá venda de meia-entrada.

Veja os locais de venda antecipada no Rio de Janeiro:

- Bilheterias da Gávea (Flamengo)

- Bilheterias do Fluminense (Laranjeiras)

- Parque Terra Encantada (Av. Ayrton Senna 2800, Barra da Tijuca)

- Bilheteria 08 do Maracanã (exceto no dia do jogo)

- Bilheterias do São Cristóvão FR

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Na primeira vez no Engenhão, Fla vence o Botafogo mais uma vez


A primeira vez o torcedor nunca esquece. Botafogo e Flamengo nunca haviam se enfrentado no Engenhão, e o clássico realizado na tarde deste domingo teve todos os ingredientes que o transformaram no de maior rivalidade no futebol carioca nos últimos anos. Confronto entre a torcida rubro-negra e a Polícia Militar no lado de fora do estádio, tensão lá dentro, pênalti defendido por Bruno e até mesmo o inusitado fato de o público presente ter sido menor que o número de ingressos vendidos - a explicação dos responsáveis cai sobre torcedores que compraram o seu bilhete mas desistiram de assistir ao jogo, ou sobre cambistas que não conseguiram se desfazer dos seus. A única coisa que não mudou foi o resultado da partida. No fim das contas, nova vitória do clube da Gávea, desta vez por 1 a 0.

Já são dez partidas de jejum do Glorioso (sete derrotas e três empates) contra o arquirrival. A última vez que a torcida alvinegra pôde comemorar foi no dia 14 de abril de 2008, quando o time venceu por 3 a 0 na semifinal da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Com o resultado, o Flamengo manteve a quinta colocação, agora com 51 pontos, a um do G-4 e três a menos que o líder Palmeiras, entrando de vez na briga não apenas por uma vaga na Taça Libertadores de 2010, mas também do título. Já o Botafogo continua na zona de rebaixamento, com 32 pontos, mas agora em 18º lugar - o time acabou ultrapassado por Santo André e Náutico, que venceram na rodada, chegaram ao mesmo número de pontos, mas levam vantagem no número de vitórias (oito contra seis).

As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira, e ambos sem os seus respectivos maestros: Lucio Flavio e Petkovic receberam o terceiro cartão amarelo e terão de cumprir suspensão automática - o meia rubro-negro ainda deixou o campo após sentir uma lesão no músculo posterior da coxa direita. O Alvinegro recebe o Náutico, às 19h30m, no Engenhão, em um confronto direto na briga contra o rebaixamento nesta reta final do Brasileirão. Já o Flamengo vai a São Paulo, onde enfrenta o Barueri, na Arena, às 21h50m.


Casa cheia só na expectativa, e o Fla confirma melhor momento

Com um público muito aquém do esperado, as equipes entraram em campo buscando o ataque desde o início. O Rubro-Negro contava com o trio formado por Petkovic, Zé Roberto e Adriano, enquanto o Alvinegro começou com Reinaldo ao lado de Jobson e André Lima na frente. Duas formações ofensivas, mas o melhor momento do time visitante acabou prevalecendo. Aos cinco, Juan foi à linha de fundo e cruzou para o meio da área. Fierro, sem marcação, concluiu para fora. No minuto seguinte, Zé Roberto aproveitou rebote da defesa adversária e chutou com perigo, à esquerda de Jeferson. O camisa 22 voltou aparecer em seguida, aos sete, quando aproveitou o espaço pelo lado esquerdo para entrar na área. O goleiro botafoguense saiu bem para ganhar a jogada.

A resposta dos donos da casa veio na sequência. Aos oito, Reinaldo arriscou de longe, e Bruno espalmou a escanteio. Após um início eletrizante, os dois times colocaram o pé no freio, e a partida passou a ficar mais disputada no meio-campo. O Botafogo chegou com perigo ao 13 e aos 17, com Batista chutando com perigo de fora da área, e Reinaldo cabeceando à direita do gol. A partir daí, predomínio total do Rubro-Negro, que pressionou até abrir o placar e ainda poderia ter ido para o vestiário com uma vantagem maior. Aos 23, Toró errou o chute, mas a bola acabou nos pés de Adriano, que dominou e chutou para a segura defesa de Jefferson. Um minuto depois, Fierro cruzou da direita, e Zé Roberto, sem marcação, cabeceou mal, por cima do travessão.

Foi apenas um ensaio. Diante de um Alvinegro nervoso e com medo de arriscar, o Flamengo se aproveitou exatamente de um erro do sistema defensivo do rival. Aos 31, Wellington vacilou ao tentar cortar uma bola pelo alto, e Adriano partiu com tudo para cima. O Imperador ganhou na força de Juninho e do próprio Wellington, mesmo com um involuntário toque na bola com o braço esquerdo, e chutou sem chances para Jefferson: 1 a 0, e o atacante descarregava a raiva declarada porque estava há duas partidas sem marcar. Aos 38, Petkovic limpou jogada na área rubro-negra e fez lançamento espetacular para Fierro. O chileno tabelou com Zé Roberto, recebeu livre na área e chutou para fora, rente à trave esquerda, perdendo chance incrível.


Bota volta melhor, pressiona e perde pênalti

Os times voltaram sem alterações para a segunda etapa, mas o Alvinegro retornou com outra postura, criando mais oportunidades. Logo aos três minutos, Lucio Flavio cobrou falta da direita, e André Lima, livre de marcação na entrada da pequena área, concluiu sem direção. Aos seis, o camisa 9 acertou a pontaria, mas Bruno apareceu para realizar ótima defesa. Enquanto os anfitriões buscavam o ataque somente na base da vontade, o Flamengo, mais bem armado, dominava o meio-campo e sempre saía com perigo para o campo adversário. Aos dez, o retrato fiel do nervosismo alvinegro: Batista deu ótimo passe na esquerda para Jobson, mas o atacante chutou de maneira bisonha. A bola saiu pela linha lateral.

Com a entrada de Victor Simões no lugar de Batista, e a saída de Petkovic para a entrada de Gil, o Botafogo passou a ter mais posse de bola e encurralou o rival no campo de defesa. Aos 19, em seu primeiro lance na partida, Victor Simões chutou de primeira, após tabela com André Lima, e Bruno apareceu muito bem mais uma vez. Três minutos depois, brilhou a estrela do o camisa 1 rubro-negro. Pouco depois de os jogadores alvinegros reclamarem um toque de mão de Toró na área, o árbitro Luiz Antônio Silva dos Santos viu falta inexistente de Airton em André Lima. Pênalti mal marcado que Lucio Flavio cobrou aos 25 para a defesa do goleiro.

Aos 33, Lucio Flavio desceu pela esquerda e cruzou rasteiro para o meio da área. Victor Simões fez o corta-luz para André Lima, que soltou a bomba, mas isolou. O Botafogo seguiu pressionando em busca do gol de empate, que o tiraria do Z-4, mas foi o Flamengo, mesmo encurralado durante os 20 minutos finais, que quase balançou as redes. Já nos acréscimos, Zé Roberto desceu livre pela direita e chutou para Jefferson fazer ótima defesa. No rebate, Gil, com o gol aberto a sua frente, concluiu de maneira ridícula para fora. E não faria diferença alguma mesmo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Botafogo e Flamengo fazem nova 'decisão'. Desta vez no Engenhão

Nos últimos anos, Botafogo e Flamengo se acostumaram a protagonizar jogos decisivos. Em 2007, 2008 e 2009, as equipes decidiram o Campeonato Carioca, proporcionaram aos torcedores duelos emocionantes, e a rivalidade ganhou uma proporção ainda maior - com vantagem para o Rubro-Negro, que neste período conquistou o seu quinto tricampeonato estadual. E o clássico deste domingo, às 18h30m, no Engenhão, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, também ganhou contornos de decisão.

Quinto colocado com 48 pontos, o time da Gávea sonha com a vitória para tentar entrar no G-4 e encurtar para três pontos a distância para o líder Palmeiras, mantendo vivo o sonho não apenas de uma vaga na Taça Libertadores, mas também de conquistar o título nacional. Já o Alvinegro, em 18º lugar com 32 pontos, entra em campo pressionado pelas vitórias do Santo André (16º), na quarta-feira, e do Náutico (17º), neste sábado - os dois também somam 32 pontos, mas têm duas vitórias a mais (oito contra seis). Assim, o resultado positivo é fundamental para que o Glorioso volte a respirar fora da zona de rebaixamento.

O fato de o Engenhão ser o palco do clássico gerou discussões e polêmicas nas últimas semanas. O estádio, no entanto, acabou confirmado , mas terá um esquema especial de segurança para o jogo. Será o primeiro duelo entre as equipes no local, construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e arrendado pelo clube de General Severiano. O Rubro-Negro já atuou na atual casa alvinegro em três oportunidades e venceu todas (contra o América e Resende, pelo Estadual, e o Vitória, pelo Brasileirão).

Estevam Soares aposta em mais 'clássico daqueles'

Estevam Soares guarda a sete chaves a escalação para o clássico. Ele não quis confirmar se utilizará o esquema com três atacantes para enfrentar o arquirrival, mas a tendência é a de que a equipe atue com dois homens na frente (André Lima e Jobson). O treinador, que tem todos os jogadores a sua disposição, aposta que este será mais um duelo eletrizante entre os dois times. Otimista, ele lembra que o Alvinegro tem feito bons jogos contra os clubes que brigam pelo título ou por uma vaga na Libertadores.

- Os jogos entre Botafogo e Flamengo têm sido emocionantes, e acho que este será mais um. Temos feito nossas melhores partidas contra equipes que estão na parte de cima da tabela - disse Estevam.

O Atacante André Lima reconheceu que o time entra em campo pressionado, mas disse que está confiante em uma boa apresentação do Glorioso, que tem tudo para sair do Engenhão com os três pontos.

- Pressão existe o tempo todo, mas temos de jogar com calma e tranquilidade. Clássico não tem favorito, e vamos atrás da vitória para sairmos da zona de rebaixamento. Um empate pode nos tirar de lá, mas estamos pensando em vencer o jogo.

Rubro-Negro vai sem a sua dupla de zaga titular

No lado do Flamengo, o técnico Andrade perdeu a sua dupla de zaga titular para o clássico. Ronaldo Angelim está suspenso, e Álvaro ainda não tem condições de jogo por conta da lesão no joelho direito. Na última sexta-feira ele chegou a fazer um teste, mas após 20 minutos de treino voltou a sentir as dores e foi vetado. Com isso, o treinador rubro-negro manteve Aírton jogando pelo lado direito e confirmou a entrada de Fabrício, que estava com a seleção brasileira sub-20, pela esquerda.

- Ele é canhoto e, como Angelim, joga pelo lado esquerdo. Com o Wellington, o time talvez ficasse um pouco torto, e o Fabrício vem da seleção sub-20 com moral elevada – garantiu Andrade, que só não quis divulgar a quem jogará na vaga do suspenso Willians.

Andrade testou o volante Lenon e o chileno Fierro no meio-campo, e este último tem mais chances de atuar por conta da sua experiência, além de deixar o time mais ofensivo. Mas o técnico sabe que o clássico não será tão simples.

- Será uma partida muito equilibrada, e não existe favorito. O momento é mais favorável ao Flamengo, mas quem está na zona de rebaixamento coloca a sua vida em jogo – disse o treinador

Relacionado para o clássico, Gil pode fazer a sua estreia pelo Rubro-Negro


Quis o destino que o Botafogo entrasse novamente na vida de Gil. O atacante do Flamengo não será titular no clássico deste domingo, às 18h30m, no Engenhão, mas o técnico Andrade o relacionou para o confronto e confirmou que chegou a hora de a estreia acontecer, ainda que o jogador entre apenas no segundo tempo. E Gil deve voltar a jogar justamente contra o clube pelo qual fez a sua última partida.



Ele ainda não jogou em 2009 e nem lembra quando e contra que adversário foi a última vez. Sabe apenas que foi pelo Alvinegro, do qual não guarda boas recordações.

- Não tenho boas lembranças de lá porque não tive uma boa passagem. Queria ter dado mais de mim, mas também não cumpriram o que prometeram. Mas não ficou mágoa. O futebol é assim e às vezes nos prega peças. De um dia para o outro, jogo a jogo, você pode mudar a sua história, positiva ou negativamente. E eu posso ter uma história boa aqui no Flamengo – disse Gil.

Em vez de guardar ressentimentos, ele prefere transformar o passado negativo num presente repleto de esperanças. Aos 29 anos, está maduro o suficiente para não estimular uma rivalidade pessoal. Até porque seu passado recente não foi tão satisfatório, seja no Botafogo ou no Internacional.

- É um estímulo a mais enfrentar o Botafogo, mas não encaro como uma vingança. Chega a ser curioso e pode até gerar uma certa polêmica, mas é tudo sem rancor. No Inter eu não estava sendo aproveitado. Disseram que não faria parte do elenco, então pensei em redirecionar minha carreira. Foi um tempo grande que perdi, mas cumpri meu contrato, e agora vivo uma nova etapa na minha carreira.

Liberado pelo preparador físico Alexandre Sanz, Gil ressalta que ainda não está na sua forma ideal, mas garante que o único problema é o ritmo de jogo. Algo, aliás, considerado apenas um detalhe perto do sofrimento que foi ter ficado sem jogar tanto tempo. Por isso, ele valoriza a nova casa.

- Até tinha outras propostas interessantes, mas escolhi o Flamengo e acho que tomei a decisão certa. O grupo é legal e unido, e todo mundo respeita a individualidade. Treinei forte como há muito tempo não fazia. Ritmo de jogo só se consegue jogando mesmo – garantiu ele, minimizando de vez o "problema".

Além do apoio dos companheiros, o atacante já percebeu pelas palavras de Andrade que pode voltar a ser aquele jogador que brilhou no Corinthians.

- Ele vem treinando bem, e gosto da sua movimentação. É claro que, por estar um tempo parado, não se encontra na situação ideal. Mas pelo pouco que vi nos treinos, posso dizer que gostei. É um atacante que sabe segurar a bola na frente, que não vai rifá-la. Há boas chances de ele entrar no decorrer do jogo – revelou o comandante rubro-negro.

sábado, 24 de outubro de 2009

Bota x Fla: polícia faz alerta sobre possibilidade de ingressos falsos

A diretoria do Botafogo foi comunicada nesta sexta-feira pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e pela Polícia Militar de que há a possibilidade de ingressos falsos estarem sendo vendidos para o clássico contra o Flamengo, neste domingo, às 18h30m, no Engenhão. De acordo com as informações dadas pela PM, o número de bilhetes falsificados pode chegar a 12 mil.

Segundo o comandante do Gepe, major Luiz Otávio, medidas já estão sendo tomadas para que não aconteça confusão na hora de as torcidas entrarem no estádio.

- Fui avisado de que uma gráfica teria feito ingressos falsos. Entrei em contato com a empresa que faz os ingressos, e me informaram que não há a possibilidade de estes bilhetes passarem na roleta do estádio. Vamos montar um esquema em que um funcionário do Botafogo analisará o ingresso antes de o torcedor chegar nas roletas - afirmou o major.

Pela 3ª vez nos pontos corridos, campeão pode ter um técnico diferente da estreia

Não é tão comum que um time campeão sofra grandes alterações de elenco e comissão técnica ao longo do campeonato. Na era dos pontos corridos, iniciada em 2003, a manutenção de uma base do início ao fim foi um dos grandes segredos dos times que fizeram grandes campanhas. Nesta lógica, a troca de técnicos não é vista como uma coisa positiva para uma equipe que briga por posições de destaque. Nestas seis edições anteriores do Brasileirão, apenas em 2004 e 2005 o vencedor teve um técnico diferente do que iniciou a competição. Em 2009, a lógica está um pouco invertida: dos cinco primeiros times na tabela, apenas um pode ser campeão sem ter mudado de treinador: o Atlético-MG de Celso Roth.



O líder Palmeiras começou o Brasileirão com Vanderlei Luxemburgo no comando. Depois contou um bom tempo com o promovido Jorginho no cargo, até a contratação de Muricy Ramalho, técnico atual. O Internacional iniciou a competição com Tite, campeão gaúcho pelo time. Mas trocou o comandante por Mário Sérgio, que inclusive já chegou com "prazo de validade" estabelecido (declarou que sai no fim do ano). O São Paulo iniciou a disputa com o tricampeão brasileiro Muricy Ramalho, mas optou por substituí-lo por Ricardo Gomes. O atual quinto colocado Flamengo escolheu investir em Andrade, demitindo Cuca.



Em 2004, o Santos iniciou a competição com o técnico Emerson Leão. Mas os seguidos tropeços nas primeiras rodadas, além de um desgaste que começou no início daquele ano, fizeram o clube optar por uma mudança de comando. Para o lugar de Leão, foi contratado Vanderlei Luxemburgo, campeão do ano anterior pelo Cruzeiro, que obteve nova conquista. Para Luxa, porém, isso é algo muito raro. O técnico diz que troca de comando no meio de um trabalho não combina com conquista.



- Campeonato Brasileiro é projeto. Time que troca de treinador não faz projeto e briga para não cair - afirma.



Mas então, como o técnico explica o fato de três, dos quatro times que estão no G-4, estarem disputando o título mesmo tendo trocado de comissão técnica? Coincidência?



- Não tem coincidência. O que tem são clubes estruturados. Se o Muricy não tivesse saído do São Paulo, se eu tivesse continuado no Palmeiras, se o Inter não demitisse o Tite, tudo estaria igual. As equipes estariam brigando pelo título do mesmo jeito. Porque são clubes que já possuem uma estrutura montada por esses técnicos que permaneceram por um bom tempo no comando.



Já em 2005, o Corinthians protagonizou uma situação curiosa. Contou com três técnicos diferentes: Daniel Passarella assumiu desde a estreia, foi substituído por Márcio Bittencourt e, logo em seguida, Antônio Lopes foi contratado, conseguindo sagrar-se campeão ao fim do campeonato.



Se levarmos em consideração todos os Campeonatos Brasileiros desde 1971 (foram 38 no total), em apenas dez ocasiões os clubes campeões optaram por mudanças de técnicos. Oito delas antes da era dos pontos corridos. A primeira vez que isso aconteceu foi em 1983 com o Flamengo (Carpegiani deu lugar a Carlos Alberto Torres). Curioso que após esse "exemplo rubro-negro", as quatro edições seguintes do campeonato presenciaram o mesmo quadro. Confira a lista completa dos técnicos campeões:



ANTES DOS PONTOS CORRIDOS

1971 - Atlético-MG (Telê Santana)
1972 - Palmeiras (Osvaldo Brandão)
1973 - Palmeiras (Osvaldo Brandão)
1974 - Vasco (Mário Travaglini)
1975 - Internacional (Rubens Minelli)
1976 - Internacional (Rubens Minelli)
1977 - São Paulo (Rubens Minelli)
1978 - Guarani (Carlos Alberto Silva)
1979 - Internacional (Enio Andrade)
1980 - Flamengo (Cláudio Coutinho)
1981 - Grêmio (Enio Andrade)
1982 - Flamengo (Paulo César Carpeggiani)
1983 - Flamengo (Paulo César Carpeggiani - Carlos Alberto Torres)
1984 - Fluminense (Carbone - Carlos Alberto Parreira)
1985 - Coritiba (Dino Sani - Enio Andrade)
1986 - São Paulo (Zé Carlos Paulista - Pepe)
1987 - Sport (Jair Picerni) / Flamengo (Antônio Lopes - Carlinhos)
1988 - Bahia (Evaristo de Macedo)
1989 - Vasco (Nelsinho Rosa)
1990 - Corinthians (Zé Mário - Nelsinho Batista)
1991 - São Paulo (Telê Santana)
1992 - Flamengo (Carlinhos)
1993 - Palmeiras (Vanderlei Luxemburgo)
1994 - Palmeiras (Vanderlei Luxemburgo)
1995 - Botafogo (Paulo Autuori)
1996 - Grêmio (Luís Felipe Scolari)
1997 - Vasco (Antônio Lopes)
1998 - Corinthians (Vanderlei Luxemburgo)
1999 - Corinthians (Oswaldo de Oliveira )
2000 - Vasco (Oswaldo de Oliveira - Joel Santana)
2001 - Atlético-PR (Mário Sérgio - Geninho)
2002 - Santos (Leão)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Petkovic coloca Fla perto do G-4 e complica o líder Palmeiras


No confronto entre duas estrelas da nova geração, Diego Souza e Adriano viram brilhar o talento de um veterano de 37 anos. Com boa atuação de Petkovic, o Flamengo venceu o líder Palmeiras por 2 a 0, neste domingo, no Palestra Itália, se aproximou do G-4 e colocou ainda mais fogo no Campeonato Brasileiro, restando apenas oito rodadas para o final. O sérvio marcou dois gols, um deles em jogada individual no primeiro tempo e ainda fez um olímpico na etapa final: o árbitro tinha anotado o gol para Ronaldo Angelim, que tentou desviar a bola, mas voltou atrás em seguida. Foi a primeira derrota do líder dentro do Palestra Itália neste Nacional. O atacante palmeirense Vagner Love ainda desperdiçou uma cobrança de pênalti nos minutos finais.

Esta foi a terceira chance de disparar na ponta da tabela perdida pelo Verdão (vinha de derrota para o Náutico e empate em casa com o Avaí). Por sorte, a distância para o segundo colocado caiu apenas um ponto. O time permanece com 54, quatro a mais que o Atlético-MG, que assumiu o posto ao derrotar o São Paulo, no Morumbi.

Já o Rubro-Negro vive momento totalmente contrário. São agora nove partidas sem perder (seis vitórias e três empates), desempenho que coloca o time do Rio de Janeiro na quinta colocação, com 48 pontos, um a menos que o Tricolor paulista, último a se garantir na Taça Libertadores de 2010 neste momento.

O Palmeiras tentará a reabilitação contra o Santo André, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no estádio Bruno José Daniel, no ABC paulista. O Flamengo faz o clássico contra o Botafogo, domingo, às 18h30m, no Engenhão, no Rio de Janeiro.

Pet deixa a sua marca: um golaço

Com a estratégia mais cautelosa do Flamengo, com apenas Adriano e Petkovic sem obrigação de marcar, o Palmeiras começou a partida apostando na velocidade para surpreender. A primeira boa oportunidade surgiu pelo alto. Logo aos dois minutos, o zagueiro Danilo lançou da intermediária, Diego Souza apareceu por trás da zaga e cabeceou com perigo, à direita do goleiro Bruno.

O Verdão, porém, sofreu para colocar a boa no chão por causa da marcação adversária. Willians e Zé Roberto grudaram em Souza e Edmílson, respectivamente, enquanto Maldonado seguiu Cleiton Xavier e Toró foi a sombra de Diego, impedindo os paulistas de criarem para a dupla de ataque formada por Robert e Vagner Love.

O problema fez o Palmeiras insistir no jogo aéreo. Aos 20, quase deu certo novamente. Armero avançou pela esquerda e cruzou. Robert cabeceou sem marcação, mas a bola tocou no gramado e encobriu a meta. A resposta carioca foi fatal, aos 23, na primeira finalização da equipe no jogo. Petkovic tabelou com Juan, invadiu a área, driblou Edmílson e Danilo e bateu no canto direito alto de Marcos. Um golaço.

Com a desvantagem, o Palmeiras se lançou ao ataque. Aos 27, após cobrança de escanteio pela esquerda, Danilo se antecipou à marcação e cabeceou por cima. Vagner Love também teve a chance dele, aos 34. Na entrada da área, ele passou pela marcação e disparou uma bomba, mas Bruno voou e espalmou para escanteio espetacularmente.

A última oportunidade da primeira etapa também veio dos pés do artilheiro do amor. Aos 47, ele girou sobre a marcação de Ronaldo Angelim e finalizou rasteiro para defesa em dois tempos de Bruno. Fim do primeiro tempo de algumas vaias e poucos aplausos para o rendimento alviverde.

Gringo faz de escanteio, e Love perde pênati

O Palmeiras voltou para o segundo tempo tentando sufocar, mas levou de cara dois grandes sustos. Aos três, em contra-ataque, Léo Moura recebeu de Adriano, invadiu a área e bateu rasteiro. Marcos salvou com os pés e ainda conseguiu agarrar a bola antes que o Imperador finalizasse. No minuto seguinte, Petkovic aplicou belo drible em Edmílson, avançou e chutou à esquerda de Marcos.

Os lances acabaram com o ímpeto do Verdão. Diego Souza e Cleiton Xavier, em tarde de pouca inspiração, continuaram sendo presas fáceis para a marcação. Para piorar, o Flamengo fez o segundo, novamente em grande estilo com Petkovic, aos 16. O gringo cobrou escanteio pela esquerda, Ronaldo Angelim tentou desviar, a bola passou entre as pernas de Wendel e entrou. Marcos ainda tentou evitar, mas não conseguiu. Gol olímpico, que árbitro Sandro Ricci chegou a anotar como do zagueiro, mas voltou atrás logo depois.

Com a desvantagem, Muricy Ramalho tentou dar mais velocidade ao sistema ofensivo: sacou Robert e colocou Ortigoza. Aos 24, em falta sofrida pelo paraguaio na intermediária, o Palmeiras teve seu melhor lance na etapa final até então. Diego Souza cobrou falta por cima da barreira e o goleiro Bruno espalmou.

Nos contra-ataques, o Flamengo voltou a levar perigo e poderia ter até ter aumentado o placar. Aos 31, Zé Roberto recebeu de Petkovic e foi levando a bola para a entrada da área e chutou forte e a bola explodiu no travessão, com Marcos adiantado.

Restando mais de dez minutos para o encerramento da partida, a torcida do Palmeiras começou a deixar o Palestra Itália, vaiando a equipe e reclamando do técnico Muricy Ramalho. Alguns, aliás, não viram o Palmeiras perder mais uma chance. Aos 40, Wendel cruzou para a área e o árbitro marcou pênalti de Ronaldo Angelim em dividida pelo alto com Ortigoza. Vagner Love bateu e, ao melhor estilo Roberto Baggio, mandou a bola e esperança do torcedor para as alturas.

Muricy ainda tentou com a entrada de Marquinhos no lugar de Souza. Mas, até o fim, o Flamengo tocou a bola, administrou o placar e voltou para o Rio de Janeiro sonhando com a Libertadores e, quem sabe, até com o título.