Assim que o Botafogo empatou a partida contra o Flamengo, Bruno sentiu que era hora de pisar no freio. Cada reposição de bola acontecia vagarosamente. A estratégia causou estranheza nos torcedores rubro-negros e até certo ponto irritação. Mas foi tudo calculado.
Um misto de autoconfiança e experiência. O goleiro revelou que decidiu atrasar a partida para que seus companheiros se estabilizassem em campo.
- O Botafogo estava dominando. Precisava esfriar o jogo. E foi isso que aconteceu. Fiz um pouquinho de cera – contou.
A segunda parte do “plano” era mais difícil. Nos pênaltis, o goleiro precisava brilhar para garantir o tricampeonato. E ele exalou confiança. Chegou no ouvido do treinador Cuca e prometeu o título. As duas defesas nos chutes de Leandro Guerreiro e Juninho (antes ele já defendera um pênalti de Victor Simões no tempo normal) comprovaram que ele estava certo.
Confiança é o que eu mais tenho. Confio em mim e no meu preparador (Roberto Barbosa). É isso que passa tranquilidade para poder ir ao jogo e desempenhar um bom trabalho – disse.
Bruno revelou um dado impressionante. Aos 24 anos, ele nunca perdeu disputas por pênaltis. No Flamengo, nas duas vezes em que foi exigido, compareceu. Pegou dois pênaltis na final de 2007 e mais dois neste ano.
- Por incrível que pareça, desde as divisões de base eu nunca perdi uma decisão por pênaltis. Nunca perdi. Sempre peguei um ou dois – revelou.
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