Às vésperas da decisão, Fla e Brasília fazem os últimos ajustes para o jogo 5

No Rio de Janeiro, Marcelinho e Duda discutem sobre arremessos de três. Na capital federal, Lula Ferreira tenta acrescentar uma ‘pitada diferente’

A três dias da grande decisão do Novo Basquete Brasil, é hora de fazer os últimos ajustes para o jogo 5. No Rio de Janeiro e na capital federal, Flamengo e Brasília continuam treinando forte na reta final. Para surpreender o adversário após seis confrontos diretos ao longo do campeonato, vale até um debate acalorado como o dos irmãos Marcelinho e Duda Machado nesta quinta-feira, na Arena da Barra. Ao fim do treino, eles trocaram argumentos sobre os arremessos de três, ponto fraco do Rubro-Negro na derrota do último domingo em Brasília.

Não é porque alguém acertou três ou quatro bolas de três que deve continuar arremessando todas – afirmou Marcelinho na roda de jogadores, dentro da quadra.

Duda rebateu a afirmação, alegando que o bom aproveitamento é sinal de que os chutes devem continuar. O irmão discordou.

- Tudo bem que você pense diferente, mas eu acho que a gente tem que jogar mais no garrafão. É isso que os caras querem, que a gente continue chutando de fora – argumentou.

Depois do treinamento, já relaxado e com um sorriso no rosto, o veterano de 34 anos comentou a discussão com Duda.

- Playoff é assim mesmo. Às vezes você vem jogando de uma forma durante o torneio, mas chega um adversário novo e você tem que mudar para ganhar. Contra o Brasília, nossa defesa está boa, mas nosso ataque não está funcionando. Então a gente conversa, às vezes num tom um pouco mais alto, é normal. O treino é pegado, rolam essas discussões naturais, mas a gente quer sempre o melhor – explicou.





Na capital federal, o Brasília também aproveita os últimos dias antes da final para fazer pequenos ajustes. Por telefone, o técnico Lula Ferreira informa que tem treinado a equipe em dois períodos, mas as atividades da tarde são opcionais – os jogadores optam entre academia e um trabalho leve na quadra.

- Estamos há quase 50 dias nos playoffs, não é hora de ir muito na força. Vamos colocar uma ou outra coisa nova, para dar uma pitada diferente. Queremos cuidar mais da cabeça para eles estarem no ponto. Mas o próprio jogo cuida disso, é um título muito valorizado – explica Lula.

O treinador lembra que chegou a hora de colher os frutos de uma caminhada difícil ao longo do mata-mata, quando o Brasília derrotou Franca (3 a 2) e Minas (3 a 1).

- Nossa sequência foi um trem fantasma. Na verdade só economizamos um jogo, contra o Minas, fechando em 3 a 1. Agora estamos de novo em 2 a 2. Mas tudo isso ajuda a valorizar, vai ser um grande jogo no domingo – prevê.